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Quase 3 em cada 10 desempregados ainda seguem em busca de trabalho há mais de 2 anos, mostra IBGE.

País encerrou o terceiro trimestre com 9,46 milhões de desempregados, dos quais 2,57 milhões tentam se recolocar no mercado há mais de dois anos (pelo menos desde setembro de 2020). Cerca de 4,3 milhões desistiram da busca e estão desalentados.

Embora a taxa de desemprego esteja caindo no país, a melhora no mercado de trabalho ainda foi capaz de reduzir a proporção de trabalhadores que espera há muito tempo por uma recolocação.

Dados divulgados nesta quinta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que quase 3 em cada 10 desempregados permanecem em busca por trabalho há mais de dois anos. Na pesquisa anterior, relativa ao 2º trimestre, a proporção era praticamente a mesma.

De acordo com o levantamento, ao final do 3º trimestre, o número de trabalhadores desempregados há mais de 2 anos era de 2,575 milhões, cerca de 27,2% do total de desempregados no país (9,46 milhões.

Ao final do 2º trimestre de 2022 o número de trabalhadores desempregados há mais de 2 anos era de 2,985 milhões, cerca de 29,6% do total de desempregados no país, estimado em 10,08 milhões.

Já 16,6% dos desocupados buscavam por trabalho há menos de um mês, 44,5% buscavam de um mês a menos de um ano e 11,6% de um ano a menos de dois anos no terceiro trimestre.

É considerado desempregado aquele:

trabalhador que não está ocupado no mercado de trabalho, tem disponibilidade para trabalhar e está, efetivamente, em busca de uma vaga.

A análise trimestral dos dados sugere que, quanto mais tempo o trabalhador fica desempregado, maior a dificuldade de conseguir uma recolocação no mercado de trabalho.

A grande maioria dos trabalhadores que buscava nova oportunidade de trabalho ao final do 3º trimestre deste ano estava na fila do desemprego há mais de um mês, mas há menos de um ano – 2 pontos percentuais maior que a observada no 2º trimestre.

Evolução do desemprego por prazo de busca por trabalho no país

Proporção (%) do contingente de desempregados de acordo com o tempo a procura de vaga.

Segundo o IBGE, historicamente é na faixa entre mais de 1 mês e menos de 1 ano que se concentra a maior parcela dos desempregados no país. No segundo trimestre de 2020, auge da crise provocada pela pandemia, os desempregados nesta faixa representavam 58,3% do total, proporção recorde de toda a série histórica da pesquisa.

Já a menor parcela estava na fila há mais de 1 ano, mas há menos de 2 anos, seguida pelos que buscavam nova vaga há menos de 1 mês.

Enquanto houve queda de um trimestre para outro entre os que procuravam emprego há dois anos ou mais e de um ano a menos de dois anos, aumentou o percentual entre quem esperava por uma recolocação há menos de um mês e de um mês a menos de um ano.

Na comparação de 2021 para 2022, a variação percentual foi a seguinte:

  • Menos de um mês: 6,2%
  • De 1 mês a menos de 1 ano: -23%
  • De 1 ano a menos de 2 anos: -57,9%
  • 2 anos ou mais: -33,8%

4,3 milhões desistiram da busca

O levantamento do IBGE mostrou, também, que o país encerrou o 3º trimestre deste ano com um contingente de 4,3 milhões de desalentados, ou seja, pessoas desistiram de buscar uma vaga no mercado de trabalho. Esse número é praticamente o mesmo do 2º trimestre.

Conteúdo fornecido por G1.

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