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Paralimpíada: conheça mais o tênis em cadeira de rodas na Tóquio 2020

As raquetes e bolas são iguais ao tênis convencional. Já as cadeiras são adaptadas especialmente para a atividade, de forma que propiciem equilíbrio e mobilidade apurados.

O tênis em cadeira de rodas do Brasil contará com sete atletas (duas mulheres e cinco homens) na Paralimpíada de Tóquio (Japão), que vão em busca de uma medalha inédita para o país. As disputas da modalidade terão início no dia 26 de agosto e seguirão até 3 de setembro, no Parque Ariake, na capital japonesa.

As regras da modalidade não diferem muito das seguidas no tênis tradicional, a não ser pelos dois quiques da bola em quadra, antes que o tenista a mande para o lado adversário. Nada impede, no entanto, que os atletas possam devolver a bola após um quique apenas do seu lado da quadra. A contagem de pontos é igual: ganha quem fechar dois sets primeiro.

As raquetes e bolas são iguais ao tênis convencional. Já as cadeiras são adaptadas especialmente para a atividade, de forma que propiciem equilíbrio e mobilidade apurados. 

Os competidores possuem deficiência de locomoção diagnosticada, como perda funcional de uma ou mais partes do corpo. De acordo com o tipo de limitação, o tenista poderá disputar a classe Open/Aberta (para atletas com deficiência em membros inferiores) ou a Quad/Tetra (para aqueles com deficiência a partir de três extremidades).Na divisão Open, homens e mulheres competem individualmente e em duplas, e na Quad há disputas mistas.

O tênis em cadeira de rodas participou como exibição na Paralimpíada de Seul (Coreia do Sul) em 1988, mas a estreia para valer da modalidade ocorreu quatro anos depois, nos Jogos de Barcelona (Espanha). Na edição seguinte, Atlanta (1996), o Brasil fez sua estreia nos Jogos com a dupla formada por José Carlos Morais e Francisco Reis Júnior.

 

Equipe brasileira

Com exceção do catarinense Ymanitu Silva, de 28 anos, quinto colocado na Rio 2016 na classe Quad, todos os demais representantes brasileiros disputarão a classe Open. O mais experiente do grupo é o paulista Maurício Pomme, de 51 anos, sendo que 22 deles dedicados à modalidade. Esta será a quinta participação paralímpica de Pomme, que tem no currículo a medalha de prata no Mundial do Japão (2016). 

Já a mais nova do grupo é a mineira Ana Cláudia Caldeira, de 23 anos, que começou a praticar tênis em 2014, durante reabilitação após um acidente de carro. A conterrânea Meirycoll Julia da Silva, de 27 anos, também chega aos Jogos pela primeira vez, após dez anos na modalidade (já foi tricampeã em dupla na Semana Gustavo Kuerten e faturou ouro em simples e em dupla no Campeonato Internacional, em Belo Horizonte).

O Brasil conta ainda com Daniel Alves Rodrigues, de 35 anos (bronze no individual dos Jogos Parapan-Americanos de Lima, em 2019), Rafael Medeiros, de 31 (campeão este ano do Peru Open), e Gustavo Carneiro, de 49 anos, tenista desde criança que passou a competir em cadeira de rodas há pouco mais de três anos, após ter uma perna amputada em decorrência de um câncer. 

Fonte
Agência Brasil
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