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Violência política de gênero: “No Amapá conseguimos sentir isso de maneira mais intensa”, afirma Heluana Quintas

Fotos: Joelson Palheta/DA

O ‘MonitorA’, um projeto da revista AzMina em parceria com o Instituto Update e InternetLab, monitorou o discurso de ódio contra candidatas nas eleições de 2020. O estudo indicou uma média de xingamentos relacionados a assédio moral, sexual e intelectual, descrédito, gordofobia, transfobia e racismo. Em entrevista ao programa Café com Notícia desta segunda-feira (19), as ativistas políticas Alzira Nogueira e Heluana Quintas comentaram sobre esses ataques.

“As mulheres no Brasil sofrem uma verdadeira exclusão política, somos 52% do eleitorado, porem na câmara dos vereadores somos apenas 13,5%. Somente 15,8% de deputadas estaduais, 15% das deputadas federais e 13% de senadoras”, comenta Heluana sobre a falta de representatividade feminina.

Heluana e Alzira já foram alvos de discursos de ódio durante as eleições, e também no dia a dia como atuantes no meio político local.

Sobre as muitas coisas que ouviu ao longo do caminho, Alzira Nogueira comenta: “Quando eu ouvi que eu era ‘qualquer uma’ na política, me chateou, mas depois entendi que sim, sou qualquer uma, assim como várias mulheres que estão na luta pela vida de outras mulheres. Mulheres comuns que estão fazendo o trabalho de base”.

O Senado Federal aprovou um projeto que criminaliza a violência política contra mulheres, a proposta, já teve passagem pela Câmara e agora segue para sanção presidencial.

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