A Secretaria de Educação do Amapá anunciou na quarta-feira, (28), que 83% das escolas públicas da rede estadual foram revitalizadas e estão preparadas para o retorno das aulas presenciais. A SEED e o Governo do Estado anunciaram retorno presencial das aulas para o dia 2 de agosto, no formato de ensino híbrido. Entretanto, de acordo com o sindicato, profissionais relatam sobre a falta de recursos humanos e materiais, além de outras questões que impedem uma reabertura segura das salas de aula.
“Todo mundo concorda que o melhor lugar para aprender e ensinar é na escola. O retorno presencial às aulas, entretanto, deve ser tratado com total cautela. Afinal, estamos falando de vidas. Embora a Secretaria de Educação do Amapá tenha anunciado o retorno presencial às aulas, várias questões essenciais para garantir a segurança da comunidade escolar continuam em aberto. Por isso, o SINSEPEAP estará realizando o debate sobre o retorno presencial às aulas, nessa sexta-feira (30), em assembleia da educação amapaense.”, afirmou a Presidente do SINSEPEAP, Kátia Almeida.
A sindicalista lembra que a categoria está realizando as discussões sobre o retorno presencial das aulas, com avaliações sobre a realidade e os problemas de cada unidade escolar. A entidade diz que tentou inúmeras vezes marcar agenda com o Governador do Estado, Waldez Góes, porém não houve sinalização positiva para o encontro.
“São unidades escolares por todo Amapá, com suas particularidades e dificuldades, e o retorno presencial de todas elas no mesmo dia iria resultar em uma explosão de problemas. Até aqui nem a SEED e muito menos o GEA apresentaram como será esse retorno para garantia da vida dos profissionais da educação que ainda não completaram o ciclo completo de imunização”, explica Kelson Luís, vice-presidente da entidade.
O SINSEPEAP entende que só com a imunização de todos os profissionais da educação (1º e 2° doses) será possível iniciar as discussões para um retorno das atividades presenciais. Segundo o ranking de vacinação, disponibilizado pelo ministério da Saúde, o Amapá está com 10,74% de sua população vacinada com as duas doses dos imunizantes distribuídos ao estado. Um fato que preocupa os sindicalistas, a categoria e especialistas sobre o assunto.
“No ano de 2020, a COVID-19, foi a maior causadora de mortes de jovens, na faixa etária entre os 10 a 19 anos, segundo dados da plataforma Viva Bem, da UOL. Foram 1.581 óbitos de jovens dessa faixa etária no país. Os dados assustam, pois o aumento vertiginoso dos óbitos em decorrência da COVID-19 supera os em decorrência do Câncer no mesmo período, que foi de 1.406 mortes”, observou Kátia Almeida.
A entidade realiza Assembleia Geral da categoria, nesta sexta-feira, (30), às 15h, na sede Campestre da Entidade, localizada na Rod. Jk, 2870, para debater com a categoria se posicionará sobre o retorno das aulas presenciais no estado.