Sem lockdown: Prefeito de Macapá, Clécio Luis, descarta novo fechamento total das atividades por conta da pandemia
Na manhã desta quarta, (03), em entrevista ao programa de rádio “Luiz Melo”, na Diário FM, o prefeito de Macapá, Clécio Luís, falou sobre a prorrogação dos decretos referentes às medidas sanitárias para prevenir a transmissão do novo coronavírus, durante atos de campanha eleitoral de 2020, no município de Macapá, alterado pelos decretos municipais nº 3.455/2020-PMM e nº 3.486/2020-PMM.
Não havendo grandes novidades, está mantida a suspensão das atividades clássicas de campanha eleitoral que geram aglomeração, como caminhadas, bandeiradas, reuniões presenciais e afins. Além disso, a prorrogação dos decretos que estabelecem regras para as atividades econômicas em Macapá e seus protocolos de biossegurança.
“Nós estamos preocupados com o número de casos e com alguns fenômenos comportamentais que estão aparecendo. Nós realmente aumentamos muito os números de atendimentos nas UBSs, voltamos ao patamar de 1000 atendimentos por dia, a grande parte desses atendidos recebendo o kit de medicamentos. Isso significa que, seja por comprovação de teste rápido, sorológico ou atendimento clínico entende-se que aquele paciente está com COVID. Estamos com uma taxa alta de mais de 30 de positividade, de pessoas que testam positivo. Também aumentou muito o número de transferência para as unidades hospitalares, infelizmente isso levou ao aumento no número de óbitos. nas últimas semanas, as pessoas têm procurado atendimento nas UBSs já apresentando um estágio grave da doença.”
O prefeito lamentou o atual momento e fez um apelo à população para que todos mantenham os hábitos de higiene pessoal e respeitem o distanciamento social, considerando também as festividades de final de ano. Clécio Luís também disse que foi descartada a possibilidade de um novo lockdown, mas que a gestão da PMM, junto com a colaboração da comunidade, tem feito o possível para não precisar adotar medidas mais severas de isolamento.
“Eu particularmente não vejo condições de decretar lockdown novamente. No começo as pessoas não estavam infectadas, então tinha uma população inteira com potencial de infecção. Nós não podemos fazer agora o mesmo que fizemos na primeira vez, sobretudo porque estamos no mês de dezembro. Nós ainda temos metade da população que pegou o vírus. Por que eu digo isso? Nós temos aí mais de 24 mil casos confirmados, mais de 4 mil em análise laboratorial e tem alguns métodos de apuração que dizem que, para cada 1 caso confirmado, há 9 a 10 casos subnotificados. Isso seria 250 mil pessoas que, teoricamente, já pegaram o vírus em Macapá”, explicou ele.