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“Queremos garantir nossos direitos e construir um futuro juntas”

Dez casais dirão o tão famoso sim no segundo casamento coletivo homoafetivo

Qualquer maneira de amor vale a pena, qualquer maneira de amor vale amar”. É sacramentando a música de Milton Nascimento que dez casais dirão o tão famoso sim no segundo casamento coletivo homoafetivo, no dia 22 de fevereiro (sexta-feira), em Macapá. O evento será no Museu Sacaca, às 17h.O casamento homoafetivo teve início no Brasil em 2013, quando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) emitiu uma resolução determinando que todos os cartórios do país realizassem a união civil entre pessoas do mesmo sexo.

As noivas já moram juntas há dois anos, mas estão ansiosas para cerimônia.

Elys Farias e Joyce Menescal estão entre os dez novos casais que irão celebrar o casamento. As noivas já moram juntas há dois anos, mas estão ansiosas para cerimônia. “Queremos  garantir  nossos direitos e construir um futuro juntas. Nosso casamento é para celebrar o amor, porque o amor é livre e lindo, venha de onde vier. Não quero  perder essa oportunidade que é única”, contou a estudante de gastronomia e cozinheira, Joyce Mesnescal.

Para a presidente  do Conselho Estadual dos Direitos da População  LGBT(CelLGBT), Jaqueline  Brandão, além de celebrar o amor, o casamento permite que a população LGBT tenha acesso a um direito. “O casamento é a celebração de algo sublime, como o amor e a união civil garante ao cônjuge, em caso de falecimento ou divórcio ter seu direto garantido na partilha dos bens. Já vimos casos da família expulsar a trans de casa, mas se apossar dos bens que ela construiu com o marido e expulsá-lo, não foi em Macapá, mas essa situação infelizmente existe”, explicou  Brandão. 

O casamento homoafetivo tem comunhão parcial de bens, ou seja, todos os bens adquiridos após o casamento pertencem aos dois. No caso de separação, os bens serão divididos em partes iguais. A realização da cerimônia está sendo coordenada prelo Conselho Estadual dos Direitos da População  LGBT(CelLGBT), União  Nacional  LGBT- Amapá ( UNALGBT), Comissão  da Diversidade Sexual e de Gênero da OAB-AP e Tribunal de Justiça  do Amapá (Tjap). O TJap arcará com todos os custos cartorários.

“Apesar de todo avanço, ainda sofremos muito preconceito”. Elys Farias – Fotos Lilian Monteito

Com os olhos brilhando, a noiva Elys Farias fez até lista para o casamento. “Já  fiz uma lista de tudo que vou precisar  no dia do meu casamento, no meu dia. Estou  nervosa, mas quero estar bem bonita e ter um bouquet de flores nas mãos bem lindo. Apesar de todo avanço, ainda sofremos muito preconceito. Esse será mais um passo para ficarmos  firmes e irmos adiante. Viva o amor, o amor é livre”, comemorou.

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