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Professor resgata a história do futebol amapaense dos anos 70 e 80

Foto: Arquivo Memorial

“Meu sonho era ser um jornalista esportivo, escutava o pessoal da rádio nacional e assistia ‘A bola é nossa’, o primeiro programa de esporte da TV Amapá, com João Silva, Humberto Moreira, Paulo Silva e Aníbal Sérgio. Eu sempre falo que essa é a minha escola, esse meu gosto em falar do futebol amapaense do passado, vem dessas lendas da crônica esportiva”, relata o professor Franselmo George, 49 anos, criador do memorial ‘História do Futebol Amapaense’ no Facebook.

Franselmo é apaixonado por futebol desde criança. Foto: Arquivo Pessoal/Franselmo

“Eu sempre gostei de ir ao estádio, meu pai era policial e tirava serviço nos dias de jogos do campeonato amapaense e do copão da Amazônia, na época era um tradicional torneio organizado pela CBD, atual CBF, onde participavam os times do Acre, Roraima, Rondônia e Amapá”.

Foto: Arquivo/Memorial (reprodução)

“Eu fazia anotações de tudo, bem moleque com uns 9 anos, ficava maravilhado com aquilo. Com a chegada das redes sociais a criação do memorial ficou mais fácil. Ninguém falava nada sobre os craques do futebol no passado, isso me incomodava muito, porque as emissoras locais só dão ênfase para os times de fora, não tem um momento para falar dos nossos atletas, eles são espelhos para novos jogadores que estão surgindo”, afirma o organizador.

O estado do Amapá é muito conhecido por ser o berço de muitos craques do futebol que ganham os times Brasil a fora.

“Foi assim que tive a ideia de criar a página do memorial história do futebol amapaense, que tem o objetivo de mostrar a época de ouro do nosso futebol, grandes jogos na década de 70 e 80. O Glicério Marques, as arquibancadas lotadas com bandeiras dos times em dias de jogos, parecia coisa profissional, mesmo sendo amador. Hoje é o contrário, profissional com cara de amador”, lamenta Franselmo.

Foto: Arquivo/Memorial (reprodução)

O craque mazaganense Germano Tiago, 64 anos, múltiplo campeão pelos clubes Independente Esporte Clube, Ypiranga Clube, São José e ídolo da torcida da Tuna, fala sobre a importância do memorial. “O trabalho que ele faz é muito importante para a história do futebol amapaense. Mostra para essa garotada nova o auge do nosso futebol, da época que exportávamos craques com excelentes técnicas: de uma única vez os times levavam 8 jogadores do nosso estado”, relembra Germano.

O jogador fala com pesar sobre a falta de investimento no esporte e principalmente sobre como isso afeta o desempenho dos novos jogadores que ainda estão começando. “Infelizmente hoje nós importamos jogadores de baixo nível. Mas os antigos nomes estão aí, ainda servindo de inspiração para essa garotada de hoje em dia, o Amapá sempre foi um celeiro de craques”.

Conheça o projeto organizado por Franselmo George através do Facebook.

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