O Ministério da Saúde (MS) anunciou o aumento de 261% dos casos de dengue na maioria das capitais brasileiras. Na contramão desse cenário, Macapá registrou uma queda de 81,8% dos casos. Dados do MS apontam a queda em comparação com o mesmo período do ano passado. Até 22 de março deste ano, o município notificou 16 casos da doença. No mesmo período de 2018, foram 88 casos.
Josean Silva, diretor da Vigilância Ambiental, explica que, mesmo com a diminuição de casos, a população deve manter o alerta, principalmente por conta do período chuvoso, quando a quantidade de criadouros tende a aumentar. “Vivemos em uma área endêmica e estamos no inverno amazônico, período em que os casos aumentam. Por isso, mesmo com uma redução considerada de casos, a população deve intensificar as medidas preventivas, como a eliminação de materiais que sirvam de criadouro para o mosquito”.
Para intensificar o combate ao Aedes, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) inicia nesta segunda-feira, 1 de abril, ações em bairros classificados como médio risco de infestação do mosquito, apontados no último levantamento. De acordo com o levantamento, Macapá está em médio risco para infestação, sendo que o maior número de criadores (56,1%) ainda é encontrado no lixo descartado de forma irregular e outros resíduos sólidos.
“O lixo doméstico ainda é nosso maior problema. O descarte incorreto de resíduos que acumulam água representa a maior parte dos criadouros, seguidos dos pneus [20,6%] e de depósitos de água ao nível do solo, como baldes e tambores para armazenamento”, conclui Josean. Outro importante dispositivo que a Secretaria de Saúde mantém para o combate ao Aedes é o Disk Mosquito (99121-1641), uma linha de diálogo entre população e Vigilância Ambiental que recebe denúncias de segunda a sexta-feira, durante horário comercial.
Texto: Jamile Moreira – Ascom/Semsa