Polícia Civil retira 12 adolescentes de situação de risco e indicia mulher por submeter filha à prostituição em Oiapoque
Durante a ação dois hotéis foram fiscalizados. As investigações seguem no sentido de identificar e localizar quem teve relações sexuais com a adolescente.
Neste fim de semana, a Polícia Civil do Amapá, por meio do Ciosp de Oiapoque, deu continuidade à “Operação Fronteira Laranja”, que visa combater a exploração sexual de crianças e adolescentes. Durante a ação, 12 adolescentes, que se encontravam em situação de risco, foram encaminhadas aos seus responsáveis legais e dois hotéis foram fiscalizados.
Além disso, uma mulher foi indiciada por submeter a própria filha, adolescente de 13 anos de idade, à prostituição.
De acordo com o Delegado Charles Corrêa, o fato foi denunciado pelos pais adotivos da adolescente.
“A mãe biológica obrigou a filha a ir morar com ela recentemente em São Jorge através de ameaças de que denunciaria o pai adotivo por ter abusado sexualmente da adolescente. Com medo da inverdade prosperar, a adolescente cedeu. A partir daí, ela foi submetida a trabalho escravo; teve a sua virgindade negociada pela mãe por dois celulares; teve que pedir dinheiro aos catraeiros para construir um quarto sob pena de ser agredida fisicamente, caso não conseguisse; foi oferecida a programas sexuais em troca de valores. A adolescente conseguiu fugir e voltou para a casa dos país adotivos em Oiapoque, os quais, indignados, denunciaram os fatos”, explicou o Delegado.
A adolescente foi encaminhada para exame de conjunção carnal, que constatou que ela já manteve relações sexuais. Para o Delegado, as provas técnicas e testemunhais não deixam dúvidas que a mãe biológica submeteu a própria filhas à prostituição em benefício próprio.
As investigações seguem no sentido de identificar e localizar quem teve relações sexuais com a adolescente, para que sejam responsabilizados na forma da lei.