Jozi Araújo, ex-deputada federal, seu pai João Mariano do Nascimento e Jonatas Bezerra Lisboa, presidentes de sindicatos fantasmas, são considerados foragidos pela Polícia Federal (PF). O trio tem mandado de prisão preventiva em aberto desde a deflagração da Operação Sindicus, na última terça-feira (29). A atuação conjunta da PF e do Ministério Público Federal (MPF) buscou desarticular organização criminosa chefiada pela ex-parlamentar que visa assumir, novamente, o controle da Federação das Indústrias do Amapá (Fieap) utilizando sindicatos fantasmas.
A atuação da organização criminosa iniciou em 2013, ano em que Jozi Araújo venceu as eleições para a presidência da Fieap. Até 2017, o grupo havia desviado mais de R$ 300 mil em contribuições sindicais. Os envolvidos no esquema são réus em ações propostas pelo MPF. Eles respondem na Justiça Federal do Amapá, na esfera cível, por improbidade administrativa, e na penal, por organização criminosa, falsidade ideológica e peculato. A Justiça do Trabalho também impediu a atuação dos sindicatos fantasmas. Contrariando as medidas judiciais, a organização criminosa chefiada por Jozi Rocha e seus familiares, continuou a atuar em 2019. Contando agora com novos integrantes, o grupo voltou a ser articular para se inserir, novamente, de forma ilícita, na instituição.
A Operação Sindicus foi deflagrada para interromper a atuação da organização criminosa. Estão presos preventivamente, desde a última terça-feira (28), Josevaldo Araújo Nascimento e David Correia Velasco Guimarães, irmão e cunhado de Jozi Araújo, respectivamente. Eles eram os responsáveis por articular a volta da ex-deputada federal à Fieap. Também foram presos o advogado José Enoilton Ribeiro Leite e a ex-tesoureira da Fieap Silvia Teresa de Sousa Pereira. Os dois, junto a Jonatas Lisboa, exerciam papel de destaque na organização, especialmente na ocultação do patrimônio obtido de forma ilícita.
Na decisão que autorizou o cumprimento das medidas judiciais da Operação Sindicus, a Justiça Federal atendeu pedidos do MPF para determinar o sequestro dos bens dos envolvidos no valor de R$ 600 mil e para suspender as atividades dos sete sindicatos fantasmas. São eles: Sindicato das Indústrias de Joalheria e Ourivesaria – Sinjap, Sindicato das Indústrias de Extração de Óleos Vegetais e Animais – Sindeva, Sindicato das Indústrias da Construção e Reparação Naval – Sinav, Sindicato das Indústrias de Papel e Celulose – Sinpel, Sindicato das Indústrias de Material Plástico – Sinpat, Sindicato das Indústrias da Pesca no Estado do Amapá – Sindesp e Sindicato das Indústrias de Mármore e Granitos – Sindmag.
Assessoria de Comunicação Social
Ministério Público Federal no Amapá