O Ministério Público do Estado do Amapá (MP-AP) ingressou, nesta terça-feira (08), com mais uma denúncia contra o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Moisés Souza, o primeiro secretário, deputado Edinho Duarte, e mais oito pessoas, dentre servidores da Casa de Leis e a proprietária da empresa D. Amanajás de Almeida – ME, que funciona com o nome de fantasia “Planet Paper”.
Desta vez, segundo apurou a investigação do Ministério Público Estadual, o prejuízo aos cofres públicos superou o montante de R$ 600 mil, por meio do pagamento de materiais de expediente e serviços de digitação, encadernação, fotocópia e plastificação de documentos que jamais foram entregues ou fornecidos.
Em apenas 5 meses, a Assembleia Legislativa pagou por 1.105 calculadoras, 396 grampeadores, 180 fragmentadoras de papel, 3.796 agendas e 3.769 encadernações, chamando a atenção do MP-AP para a dimensão da fraude.
Outro fato relevante nas investigações é que a empresa, durante o período de 2007 a 2011, registrou na Receita Estadual movimento de entrada de mercadorias de menos de R$ 85 mil e, em apenas cinco meses de 2011, vendeu à Assembleia Legislativa mais de R$ 600 mil.
O funcionamento do esquema criminoso se deu como tantos outros já
denunciados pelo MP-AP, que consiste em dispensar a licitação, alegando urgência, para, depois da emissão dos cheques em nome da empresa, os valores serem sacados na “boca do caixa”.
Fraude à licitação, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, emissão de nota fiscal falsa e formação de quadrilha são os crimes denunciados pelo Ministério Público Estadual.
Em entrevista ao Café, o promotor Afonso Guimarães explica o funcionamento do suposto esquema, comenta sobre todas as denuncias já ofertadas e fala ainda sobre as ações dos consignados contra os ex-governadores Waldez Góes, Pedro Paulo e contra o ex-prefeito de Macapá, Roberto Góes. Ouça aqui.
O coordenador de comunicação da AL, jornalista Cleber Barbosa, comenta as acusações. Ouça aqui:
Com informações da asscom@mpap.mp.b