Museu Joaquim Caetano tem previsão de reabertura para o segundo semestre
De Intendência a Museu, o Casarão na esquina da rua Bingo Uchoa com a avenida Mario Cruz, bem no Centro da capital Macapá, mantém sua faixada original e a maior parte de sua estrutura. Abrigando um acervo riquíssimo de obras arqueológicas, antropológicas e históricas, está fechado para a visitação ao público desde 2014, mas tem previsão de reabertura garantida para o início do segundo semestre deste ano e mudança no horário de visitações.
De acordo com o coordenador da Preservação dos Patrimônios Históricos do Amapá (CPPH), ligada à Secretaria Estadual de Cultura (Secult), Carlos de Nelson, foi realizado um estudo técnico da estrutura do Museu e foi necessário fazer a revitalização.
“A priori seriam feitos pequenos reparos, mas diante do estudo apresentado pelos técnicos foi necessário fazer a revitalização em toda a estrutura do Museu, principalmente a parte do telhado, mas como se trata de um prédio antigo, tudo que é feito no Museu passa por um trâmite do Iphan, que autoriza o que podemos ou não mexer, por isso o processo é mais demorado, afinal são peças antigas, com valioso conhecimento histórico e requer muito cuidado. A cada área que fazemos alguma mudança temos que informar ao Iphan”.
O prédio tem influência do estilo neoclássico e mantinha o mesmo telhado, usado desde o período que foi construindo, por causa do valor histórico da estrutura. No entanto, ao longo do tempo foi se deteriorando e já estava comprometendo as exposições e as peças do Museu.
Para o professor de História José Farias, que trabalha na área de pesquisa no Museu desde 1996 e tem uma paixão por cada peça e pelo espaço histórico, o prédio tem uma importância histórica valiosa e precisa sempre de toda a manutenção necessária.
“Conheço o Museu desde muito tempo, teve uma gincana histórica e eu participei, já passei por várias obras, já fomos pra Fortaleza de São José (acervo e administração) enquanto o prédio era reformado. Mas sabemos da importância que esse prédio possui para a história do Amapá, além de Intendência, já serviu de administração da Prefeitura de Macapá (quando ainda era ligado ao Pará) e quando Janary Nunes veio implantar o território do Amapá, funcionou nesse prédio”.
Revitalização
A revitalização do espaço abrangeu reparos além do telhado, a parte hidráulica, pintura e agora finaliza com a adequação da climatização. A obra está sendo executada com recursos do governo do Estado e fiscalizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Visitação
Para atrair mais público, a administração do Museu já estuda ampliar o horário de visitação até as 20h, de terça a domingo. Quando aberto em 2014, o museu funcionava das 9h às 18h.
E o nome dele é Joaquim Caetano da Silva…
Médico e diplomata gaúcho, Joaquim Caetano da Silva, deu nome ao Museu por ser o autor obra “L’Oyapoc et L’Amazone (1861)”, fonte principal para defesa apresentada por Barão do Rio Branco ao garantir os direitos do Brasil na questão de limites com a França, em 1900.
O Museu guarda parte da história do Amapá e tem em seu acervo peças arqueológicas, objetos, mobília, quadros e documentos do processo de ocupação das terras amapaense.