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Movimento feminista no Amapá fortalece luta contra o Feminicídio

As bandeiras feministas estão levantadas para combater a violência contra as mulheres, o número cresce no estado, só ano passado a Delegacia de Crimes Contra Mulher (DCCM) registrou cerca de 8 mil denúncias de violência contra o sexo feminino. Em 2018, casos como de uma policial e uma professora tomaram conta das manchetes de jornais em Macapá.

A  luta contra a violência e pelos direitos das mulheres no Amapá não são de hoje, lembra a antropóloga e mestranda da USP Carol Bofim,  que  já trabalhou com pesquisa na área de segurança pública no Estado, focada na mulher. A antropóloga ressalta o pioneirismo do Amapá na criação de órgãos e garantia de direitos das mulheres.

Carol Bonfim Antropologa

“No Estado antes da Lei Maria da Penha, já existiam órgãos voltados as políticas públicas para mulheres, contra a violência doméstica, como a delegacia das mulheres, Camuf e CRAS, grupo de mulheres se juntaram numa rede para combater a violência e garantir direitos, mas os índices sempre foram preocupantes”, destaca Bofim.

O Movimento busca trabalhar com projetos e programas voltados para esclarecer sobre relacionamento abusivo, questões que levam ao feminicídio. “É importante que não julguemos outras mulheres, devemos ouvi-las, dar apoio, mostrar a elas por meio de informação, quais são os caminhos para se libertar de um relacionamento  agressivo”, ressalta. 

Vários eventos estão na agenda para este ano, começando com 8M, manifestação de 8 de março, Dia das Mulheres e no dia 14 de março, manifestação Mariele, além da Marcha das vadias e os encontros dos grupos feministas.

“Temos muitas pautas para lutar, mas observamos que precisamos estar nos pontos de comando, como na Política, precisamos aumentar o número de mulheres no poder, assim conquistamos mais respeito e direitos, precisamos ter salários justos, iguais ou melhores do que dos homens, se assim formos melhores nas funções que exercermos”, informa.

Carol Bofim faz parte do Movimento Feminista no Amapá e junto de outras mulheres buscam combater preconceitos, violências e lutam pelo empoderamento feminino no mercado de trabalho, na política e na sociedade como um todo.

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