A tecnologia digital veio para revolucionar o mercado em vários sentidos, os smartphones viraram uma extensão do corpo humano, como previu o filósofo Marshall McLuhan, com sua tese de aldeia global para encurtar distância e ligar às pessoas através de redes. Atualmente, o celular tem multifuncionalidades, e várias coisas podem ser feitas com ele: acessar as redes sociais, pagar contas, assistir filmes, séries e inclusive compactar as centenas de páginas de um livro a uma tela deslizante que cabe na palma da mão.
Apesar de toda essa praticidade e tecnologia, os leitores amapaenses ainda preferem os livros físicos. A jornalista Cássia Lima se considera uma leitora assídua e estabeleceu desde 2015 uma meta de um livro para ler, comprar e consumir todos os meses. “Eu prefiro um livro físico do que o digital, porque gosto da sensação de ter um livro, folhear as páginas, do cheiro. Tenho problema de visão, fica muito mais fácil ler o livro físico em uma luz ambiente do que pelo celular. Agora tenho outra meta, comprar, ler e doar”, comentou.
Doriedson Ribeiro gerente de uma livraria no centro da cidade, trabalha com livros há 21 anos, diz que mesmo com e-books no celular, a procura pelo livro físico ainda é grande. “Recebemos leitores variados e o mais curioso é que eles baixam os livros, porém 50% dos leitores chegam na livraria para adquirir o livro físico que fizeram o download pela internet”, conta Ribeiro, informando que o livro que mais vendeu em 2018 e continua com uma boa saída é ‘A Sutil Arte de Ligar o Foda-se’, de Mark Manson.
Os leitores vorazes ainda ocupam um lugar significativo no mercado de livros, que fechou o primeiro semestre de 2018 com alta em faturamento (9,97% com relação ao mesmo período do ano anterior) e volume de vendas (5,24%), segundo uma pesquisa divulgada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel). No Amapá, existem três grandes livrarias.