O pré-candidato ao governo do Amapá, Clécio Luís, se reuniu na terça-feira, 10, a convite das lideranças do segmento para discutir o futuro da Cultura no estado. Dentre elas, estavam presentes representantes do Marabaixo, teatro, música, literatura, dança, artes plásticas, poesia, entre outros.
Na pauta, foram discutidas propostas de políticas públicas necessárias para o desenvolvimento cultural do estado, as dificuldades enfrentadas e os desafios que a categoria terá no futuro, no cenário pós-pandemia. Além do reconhecimento dos esforços feitos por Clécio em 8 anos à frente da Prefeitura de Macapá.
Maria Pinho Gemaque, professora mestre em arte pela UFPA, em sua fala, citou as dificuldades de quem empreende com artesanato e pediu que Clécio propusesse uma nova política pública que abrace todos os segmentos da cultura.
“Nós somos fazedores de cultura e estamos presentes nos 16 municípios. E quero dizer que artesanato salva vidas de mulheres, homens e jovens. As pessoas aprendem a fazer e repassam para as gerações futuras. E isso faz com que as pessoas empreendam e entrem no mercado de trabalho”, frisa ela.
O artista plástico Jeriel Luz acredita que as artes plásticas e visuais também têm um grande poder de transformação por meio das oficinas e ensinamentos, e juntos, possuem a capacidade de retirar jovens das drogas e colocá-los em uma profissão, além de colaborar com outros segmentos como o teatro, hip hop e carnaval. “Nós temos que alcançar mais pessoas, mas para isso precisamos de um apoio firme e esperamos encontrar isso nas propostas do Clécio”.
Durante o evento, Clécio Luís relembrou do começo de sua trajetória no movimento cultural, durante os anos 90 e disse que a cultura norteou seu olhar para as especificidades de cada município.
“Eu nasci no movimento cultural. Foi nele que toda a minha história teve início. E depois que eu me tornei prefeito, tudo o que eu vejo é pelo prisma dos municípios, assim como o poeta, os músicos e demais artistas vêem o mundo através do prisma da arte.”
A cultura como um todo
O ativista cultural, Heraldo Almeida, defende que o Amapá precisa de um projeto de política cultural que contemple todos os segmentos. “Eu tenho falado disso há 13 anos e acho inadmissível que o Marabaixo, que é a cultura mãe do Amapá, patrimônio cultural imaterial do Brasil, reconhecido pelo Iphan, seja desconhecido na maioria dos municípios. Se o Marabaixo é desconhecido, que é a nossa cultura maior, é porque nós não temos uma política pública cultural que avance”.
Clécio reafirmou seu compromisso em desenvolver a cultura de maneira global dentro do estado e a trabalhar as características de cada município. “Não podemos pensar a cultura segmentada. O que a gente precisa mesmo é acabar com a falta de informação, a discriminação e o preconceito em todos os sentidos, desde as aparelhagens até os grupos de matriz africana. Temos muita coisa para falar, ouvir e construir a fim de avançar e fazer da cultura o carro-chefe, o motor, de todos os outros segmentos. E eu estou comprometido com isso”.