No mês de combate ao câncer de cabeça e pescoço, o programa Café com Notícia entrevistou a cirurgiã dentista buco-maxilo-facial, Camila Fialho, para conversar sobre a prevenção, diagnóstico e tratamento desse tipo de câncer que registra 700 mil novos casos anualmente.
“O paciente precisa buscar ajuda para qualquer lesão nessa área que permaneça entre 14 a 21 dias sem melhora, além disso, a lesão precisa ser investigada por meio de biópsia. É preciso ter cuidado, às vezes um tumor benigno pode ser agressivo“, explica Camila.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), os tumores de cabeça e pescoço representam o 9º tipo de câncer mais comum no mundo. O Julho verde é uma campanha mundial de prevenção ao câncer de cabeça e pescoço, focando na conscientização em todos os estados do Brasil, abordando a prevenção, diagnóstico, tratamento e a reabilitação.
O cirurgião de cabeça e pescoço é o profissional habilitado para iniciar o tratamento, mas o cirurgião dentista é o profissional que geralmente entra em contato primeiro com o tumor e pode realizar a biópsia para encaminhar ao cirurgião de cabeça e pescoço. “Todo cirurgião dentista em algum momento da profissão vai se deparar com o câncer de cabeça e pescoço”, aponta a cirurgiã.
As principais causas da doença são o cigarro e o consumo de álcool, bem como o HPV. O câncer pode atingir as áreas da cavidade oral, como língua e boca, e órgãos como laringe, faringe, seios paranasais, cavidade nasal e glândulas salivares.
Quanto antes for diagnosticado e identificado, as condições de tratamento vão ter um prognóstico melhor e com chances de cura.
– Camila Fialho