Na tarde de terça-feira, (5), o governador do Estado do Amapá, Waldez Góes, reuniu com o secretário nacional de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros. O encontro aconteceu por videoconferência e contou com outros governadores, que cobram mais transparência sobre o Programa Nacional de Imunização e questionam a redução do quantitativo de doses da vacina AstraZeneca.
Anteriormente, foi apresentado pelo governo federal a meta de que em 3 meses 100 milhões de doses seriam distribuídas aos 27 estados – das três fabricantes de vacinas: AstraZeneca, vacina de Oxford, Instituto Butantan/Sinovac e Pfizer. No entanto, esse número teve redução e, até esse momento, 2 milhões de doses deverão ser divididos entre todos os estados, explicou o secretário nacional.
De acordo com o governador Waldez Góes, com essa divisão, a quantidade proporcional que cabe ao Amapá é de cerca de 8 mil doses, número que não é o suficiente para imunizar nem mesmo metade dos profissionais da Saúde do Amapá.
“O Governo Federal tinha uma meta para janeiro, mas acabaram anunciando uma diminuição expressiva de doses que serão distribuídas. Com esse novo número, não vão chegar doses suficientes no Amapá para imunizar nem 50% dos profissionais da saúde, que são aproximadamente 15 mil”, ressaltou Góes.
O quadro de prioridade vai atender, inicialmente, profissionais que atuam na área da saúde combatendo a covid-19 e para idosos acima de 60 anos que vivem em instituições de longa permanência. Segundo o Governo Federal a vacinação deve iniciar em janeiro, mas ainda não há data específica para a imunização.
Uma nova reunião foi proposta com todas as instituições envolvidas na fabricação das vacinas, órgãos de saúde, conselhos nacionais e Congresso Nacional, para debater e pedir mais transparência sobre os fatos, assim como datas mais concretas para tranquilizar a população.
A reunião desta terça-feira foi convocada pelo governador do Estado do Piauí, Wellington Dias, que cobrou definição de datas e uma programação mais detalhada para tranquilizar a população. A videoconferência contou também com a presença do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e o governador do Pará, Helder Barbalho.