Governo e União renovam cessão de uso da Fortaleza de São José
Na quarta-feira, 22, o Governo do Estado e a Superintendência do Patrimônio da União no Amapá (SPU) renovaram o contrato de cessão de uso gratuito da Fortaleza de São José, com validade de 10 anos, prorrogável por mais 10.
A formalização é uma condicionante do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para acesso a recursos do Fundo Cultural do BNDES.
Somado à contrapartida do Tesouro Estadual, os valores totalizam R$30 milhões e vão permitir a revitalização do monumento histórico e do seu entorno, estimulando o turismo, a economia e a cultura na região.
O investimento também fortalece a candidatura da Fortaleza ao título de Patrimônio da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Durante a assinatura do contrato, o governador, Waldez Góes destacou os investimentos do Estado na Fortaleza e seu entorno. Entre eles, estão a entrega do Complexo Beira-Rio, que engloba reforma da Casa do Artesão, revitalização da Praça Sabores do Amapá e urbanização do Canal da Mendonça Júnior.
Ele destacou, ainda, o novo sistema de iluminação da Fortaleza, previsto para começar a funcionar no segundo semestre deste ano, por meio de cooperação com a empresa Equatorial Energia, sob diretrizes de sustentabilidade e economia.
“Todo esse trabalho é muito importante para nossa gente, nossa cultura, nossa história, para o nosso povo e, especialmente, para os empreendedores que trabalham no entorno da Fortaleza. Está sendo construído um grande legado que será usufruído pelas próximas gerações”, destacou Góes.
Os recursos do BNDES foram arrecadados através de doações, e serão disponibilizados ao Estado por meio de articulação da bancada federal, com liderança do senador Davi Alcolumbre. É o maior projeto de financiamento cultural da região Norte feita pelo banco.
Nova Economia
Os investimentos na Fortaleza e seu entorno estão alinhados à Nova Economia do Amapá, uma matriz desenvolvida pelo Estado para o fortalecimento socioeconômico, por meio de empreendimentos e iniciativas sustentáveis, ecologicamente corretas e socialmente justa. As atividades de turismo histórico e empreendedorismo cultural são destaque pela sua capacidade de geração de riqueza e valor social com baixa geração de poluentes.
Fortaleza de São José de Macapá
Reconhecida como uma das “Sete Maravilhas do Brasil”, concurso promovido pela Revista Caras e Banco HSBC em 2008, a Fortaleza de São José é um dos 19 monumentos históricos de defesa do sistema colonial e imperial implantado no território brasileiro, que garantiram a definição das fronteiras marítimas e fluviais do Brasil, integrantes do “Conjunto de Fortificações Brasileiras”.