Cerca de 15 casas em situação de risco foram mapeadas. Moradores terão apoio de programas sociais do Estado.
Foto: Erich Macias/GEA
Famílias foram mapeadas para inclusão em programas sociais
O Comitê de Respostas Rápidas do Governo do Amapá identificou pelo menos 15 casas com risco de desabarem, na orla do Aturiá, no bairro Araxá, em Macapá, devido à força do Rio Amazonas. As famílias mapeadas poderão acessar programas de habitação, aluguel social, kits de alimentos e higiene, entre outras ações de assistência emergencial.
O Governo do Estado ainda dispõe de uma escola estadual na Zona Sul de Macapá como apoio para receber as famílias, em caso de urgência. As residências foram atingidas pela força da maré na tarde do sábado, 10. As equipes integradas chegaram ao local em menos de trinta minutos após serem informadas por moradores. Ninguém ficou ferido.
Uma família precisou ser retirada do local imediatamente por conta da vulnerabilidade do imóvel e a presença de uma idosa com baixa visão. Eles serão encaminhados para atendimento em programas sociais de amparo em situações de risco e emergência.
Fazem parte da ação equipes da Secretaria de Estado da Assistência Social, da Secretaria de Estado de Habitação, da Defesa Civil e do Conselho Tutelar da Zona Sul.
“Estivemos na orla do Aturiá e conversamos com os moradores atingidos. Já mapeamos as famílias em situação de vulnerabilidade e vamos continuar dando assistência e acompanhando a situação. É importante que todo o amapaense receba esse suporte do Governo do Amapá, sempre que necessitar”, detalha a secretária de Assistência Social, Aline Gurgel.
“A Defesa Civil retorna aqui para avaliar a estrutura de outras residências para desenvolver o trabalho de atender as famílias que estejam necessitando. É importante destacar que essa foi uma ação muito rápida do Governo do Estado, em que os órgãos envolvidos se uniram para vim dar a resposta imediata de atendimento a todos que foram atingidos”, reforçou o comandante do Corpo de Bombeiros do Amapá, cel. Alexandre Verissimo.
A casa do ajudante de pedreiro, José Rodrigues, de 33 anos, foi uma das atingidas durante a tarde. Ele conta que a água chegou a invadir o imóvel e que o susto o fez sair do local.
“Eu tenho quatro crianças aqui, meus filhos ficaram com a água no pé e tudo balançava muito, fiquei assustado e tirei todos de casa com a minha esposa. Eu fico muito agradecido das equipes do Governo terem vindo tão rápido e agora vamos ter mais segurança”, conta o trabalhador.
“Eu estou sem dormir há três noites porque tenho visto essa água vir muito forte quando a maré encher. Na última vez que aconteceu, eu tentei o aluguel social pelo município, mas não consegui. Agora serei cadastrado e vou poder dormir em paz”, disse, aliviado, o morador.
O secretário adjunto de Habitação, Max Yataco, destacou que as famílias terão prioridade para receber suporte das políticas habitacionais do Estado.
“Estamos aqui para dar suporte e encaminhar as famílias para políticas prioritárias de habitação de interesse social dentro do Governo do Estado. Três famílias já foram identificadas com sérios indícios que possam estar em risco e já serão atendidas pelos programas sociais”, destacou Yataco.