Esta semana está sendo lançada a exposição ‘Projeto Barbárie’ em plataforma digital. A iniciativa é um ensaio fotográfico e o desdobramento da experimentação da performance “Barbárie” realizada na Guiana Francesa (Cayenne), pelo artista e produtor cultural Paulo Alfaia, do grupo Movimento Cultural Desclassificáveis.
A primeira exposição deveria acontecer na Feira de Turismo de Cayenne, mas teve que ser adiada por tempo indeterminado por conta da pandemia. Agora o projeto está lançado no site oficial.
Além de diretor, Paulo Alfaia também foi o performer do ensaio, que contou com a parceria de Patrick Alves na arte, criação, concepção e registro fotográfico, e apoio da Oract Reseau Oyapok. 100 imagens da performance foram escolhidas para compor a exposição. A ideia não é apenas mostrar as fotos, mas também interagir com os internautas, que poderão deixar mensagens com suas impressões sobre o ensaio.
“Queremos apresentar as reações e os sentimentos de quem está vendo. As fotos podem inspirar um poema, um comentário, um conto, um desenho, uma pintura ou música que serão publicados no site, com a permissão da pessoa, é claro”, informa Paulo Alfaia.
Para o artista amapaense que mora na Guiana Francesa, Patrick Alves, que também assina a direção de arte, o ensaio é uma forma de falar sobre o consumo exacerbado e o seu resultado para o planeta.
“Tivemos a ideia de fazer ‘Barbárie’ e fomos em pontos aqui na Guiana Francesa para fotografarmos o Paulo Alfaia nesses lugares. Já estava com a concepção de fazer tanto fotos, como vídeos pelo celular, para trazer a mensagem da conscientização do planeta, como forma de aviso para preservarmos nosso lugar, em diminuir o consumo, o lixo, pois daqui a pouco não teremos onde colocar tantos resíduos”, afirma.
Sobre o ensaio
A ação concentrou os esforços em aprofundar seu olhar, estudos e pesquisa, tendo como foco o universo corporal do homem amazônida e a arte contemporânea através do registro em fotos, filmagem e edição usando o celular como instrumento de veiculação de comunicação imediata e diversidade tecnológica.
Partindo dessa proposta, as imagens provocam a necessidade de discutir o consumo desenfreado e a desumanização causados pela ação humana.
Além disso, o ensaio é um processo permanente de ressignificação em torno do hibridismo artístico e onírico, através da construção de novos olhares e releituras diante da imersão do corpo humano e sua relação com o lixo contemporâneo.
Ficha Ténica:
Direção de Arte: Patrick Alves e Paulo Alfaia
Registro Fotográfico, Criação, Produção de Vídeo e Designer Gráfico: Patrick Alves
Performer: Paulo Alfaia
Apoio e Making Off: Andrelina Nascimento
Contrarregra: Gael
Concepção, Produção e Realização: Patrick Alves/ Paulo Alfaia e Movimento Cultural Desclassificáveis
Produção na Guiana Francesa e tradução: Patrick Alves
Parceiros: Oract Reseau Oyapok.