Empreendedorismo: Cultura amapaense é expressada em agendas, blocos e cadernos artesanais
“Hoje em dia me dei conta que o empreendedorismo faz parte da minha essência há um tempo, mas não o empreendedorismo tradicional e sim aquele que descubro todo dia enquanto estudo e aprendo como administrar melhor meus projetos”. Camila Karina
A cultura nortista é bem peculiar, com um jeito próprio de se expressar e de se comunicar. O vocabulário é vasto e o chiado é uma característica presente nas vozes dos amapaenses. Quem nunca se deparou falando ou ouvindo as expressões: “Égua não!, mana, bora lá só tu, pira paz, num te afoba”, esses são alguns bordões nas vozes dos macapaenses.
Pensando nisso foi que a jornalista e fotógrafa Camila Karina Ferreira planejou e idealizou mostrar literalmente a cultura tucuju e colocá-la nas mãos dos amapaenses. “Sempre senti falta de ter e de ver nossa cultura literalmente em nossas mãos, algo físico como cadernos, agendas, papelaria em geral, já que existem tantas expressões aleatórias sendo reproduzidas por aí, idealizei nossas expressões únicas com a mesma valorização”, explicou Camila.
Os cadernos, agendas, blocos e marcadores de livros são feitos artesanalmente, com uma qualidade inconfundível e fazem sucesso onde são expostos e comercializados. Os preços variam de acordo com o material utilizado. Camila avalia o tempo necessário para produzir e diz que a maioria da matéria prima não tem na cidade.
“Desde então, tive a consciência de nunca colocar preço no trabalho de outros artistas, pois cada um avalia e precifica sua hora e sua habilidade, portanto, avalio todas estas condições, fico grata por quem respeita e acredita no trabalho de quem faz com as próprias mãos”, avaliou Camila.
O trabalho artesanal de papelaria, em geral, varia de R$ 5,00 a R$60,00 reais, mas também pode aumentar o valor de acordo com o que o cliente quer personalizar. Quem quiser encontrar a coleção gírias, coleção maracá cunaní, projetos personalizados, agendas personalizadas, pode acessar o IG no Instagram: camila_karina e encomendar os produtos. “Sempre procuro estudar as tendências artísticas e a paleta de cores da pantone (referência mundial de cores), a partir daí, vou experimentando letras e cores e o que me faz sentir alegria, vira uma capa. É um processo engraçado, mas acredito que cada pessoa que trabalha com criação/arte tem seu próprio processo criativo. Hoje em dia me dei conta que o empreendedorismo faz parte da minha essência há um tempo, mas não o empreendedorismo tradicional e sim aquele que descubro todo dia enquanto estudo e aprendo como administrar melhor meus projetos”, comenta