Empoderamento feminino e ações que transformam vidas

A amapaense Rejane Soares é um desses exemplos, sua alegria irradia todos os ambientes de seu ateliê, de onde saem inúmeros trabalhos coloridos e que ao longo de quase 10 anos, ajuda na transformação de outras mulheres.

Formada em moda, com especialização em moda afro, ela relata que, o começo de seu trabalho como empreendedora não foi fácil. O primeiro ponto de venda das suas peças como turbantes e brincos coloridos foi no banco da praça Veiga Cabral.

“Em 2016 comecei a trabalhar em casa, a gente teve um processo de ser assaltada todo o nosso material foi levado embora, ai agente teve que se reinventar, o que a gente tinha de equipamento, comprado e trazido a gente perdeu tudo e foi levado, ficou uma sacola de retalho, foi de onde a zwanga começou a sair do papel”, explicou a empreendedora.

Surgimento da Zwanga

“Começamos a produzir a questão de brincos, colar pulseiras, e ai a gente começou a trabalhar e não tinha onde vender o produto e ai eu comecei a trabalhar no banco da praça Veiga Cabral, vendendo dia de sexta-feira e sábado, as vezes nem tinha dinheiro pra ir, mas eu precisava, por que eu sabia que ia voltar com dinheiro para compras as coisas da minha vida”, complementou.

Foi neste mesmo período que surgiu a marca Zwanga que significa “O que é meu, o que me pertence”, assim como o propósito de resgatar a autoestima de outras mulheres através do empreendedorismo. Em 2017 os frutos desse trabalho começaram a aparecer, com matéria publicada no jornal Estadão, Carta Capital. Em 2022 ganhou prêmio das alpargatas Havaianas e a participação em campanha publicitária do Boticário, entre outros ainda assim, Rejane confessa que deseja ir mais longe.

“Para mim o salto maior vai ser quando eu chegar numa passarela nacional com coleções nossa autoral peças construídas pela da Zwanga, é isso que eu tô batalhando para chegar”, ressaltou.

Cursos, palestras e mais ferramentas de transformação

Rejane Soares relata que a sua marca impactou muitas mulheres através de cursos que já foram ministrados.

“Com os cursos, a gente chega ao total de 360 mulheres, temos palestras, rodas de conversa participação de simpósio. No período de pandemia, tivemos as lives e mais de 100 mil mulheres participaram, porque a gente conseguiu sair de dentro do Amapá. Com as redes sociais a gente fazia palestras, pelo google meet cada palestra com 200 mulheres, 150 mulheres, as instituições de fora contratam a gente para palestras, ai você abre a câmera e tem montão de mulheres e nem tem noção de onde são aquelas pessoas”, revelou.

Ela confirma que: o resultado desses trabalhos como, a confecção de brincos, bolsas, moda masculina e feminina afro, os cursos de trancistas, maquiadora entre outros, fortalece a continuação dos projetos que alcançam outras mulheres.

“Muitas mulheres entram com zero renda e daqui a pouco começamos a perceber que elas passam a ter sua renda focada no empreendedorismo feminino. O que eu quero é que essas mulheres consigam pagar suas contas, ter sua renda, não depender de ninguém, ter independência financeira”, enfatiza.

Seus clientes não se limitam só ao do Amapá, vai além fronteiras chegando até o Japão.

Produtos e mais informações podem ser encontrados nas redes sociais como facebook, e Instagram.

A loja Zwanga fica localizada na Avenida Antônio Coelho de Carvalho, nº 4004, no bairro Santa Rita.