Na noite dessa quarta-feira, (22), em entrevista ao programa de rádio ‘Café com Notícia’, na Diário FM, a poeta Carla Nobre falou sobre o resultado do edital da Fundação Municipal de Cultura de Macapá (Fumcult). “Viemos escutando e dialogando com a atual gestão, mas não tivemos vários eventos importantes e ninguém diz nada sobre isso”, diz.
O resultado preliminar foi divulgado na terça-feira, (21), e desde então as redes sociais foram palco de manifestações e comentários sobre uma possível irregularidade no processo de selação.
Em entrevista à Diário do Amapá, o Diretor-presidente da Fumcult, Alain Cristophe, reconheceu o erro e disse que a Fumcult vai “se dedicar para saber o que aconteceu, porque não sabemos quem fez a curadoria, já que são pessoas de fora contempladas com outro edital”.
“A prefeitura não nos entende. Se eu fui inabilitado preciso saber o por quê. Alguns artistas que estão na lista não possuem nota, nós não conhecemos eles. Suspeitamos que a lista foi manipulada. Estão querendo fazer de conta que a cultura de Macapá não existe. O problema não são os pareceristas, porque eles não vão deixar o próprio nome ir para a lama, eles sabem fazer. Não são os pareceristas que são assim, é o Alain Cristophe [secretário de cultura], a responsabilidade é dele, é da gestão. Se ele assinou o resultado preliminar com todos esses problemas, que se mostram graves, ele está ciente”, completou Carla.
Machismo
“As mulheres normalmente são chamadas de louca, neurótica, cheia de TPM e bipolar. Gostaria de pedir aos homens e mulheres de Macapá que não fizessem isso, pois é muito ruim para qualquer pessoa”. A poeta afirma que as redes sociais são um espaço aberto à manifestações pessoais e que “nada dá o direito” à outra pessoa de atacar alguém.