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Corrida de rua: modalidade esportiva cresce a cada dia em Macapá

Por Fábio Maciel

Quem passa pela orla do Santa Inês, aeroporto, rodovia Tancredo Neves e praças da cidade costuma ver praticantes de corrida de rua durante o período da manhã, fim de tarde e até à noite. A prática vem crescendo e ganhando o gosto do macapaense, principalmente das mulheres. Estima-se que em Macapá já existam mais de 100 grupos, divididos em assessorias esportivas (profissionais pagos para auxiliar os corredores) e grupos de corrida de rua.

Laura se tornou uma adepta das corridas, cuida da saúde e faz amizade no esporte. Foto: Flavio Cavalcante

“A corrida de rua mudou minha vida, quando não vou treinar é um dia estranho pra mim. Correndo me sinto melhor, minha respiração, concentração e fora que o nosso ciclo de amizade aumenta”, assim define a estudante Laura Carine Dantas Paixão, 19 anos, que é apaixonada por corrida de rua, tem duas grandes influências em casa, seus pais, que também são corredores.

Ela enfrentou algumas dificuldades no começo e contou com a determinação de sua mãe. “No início não foi fácil, não queria acordar de madrugada pra ir aos treinos, depois de muita insistência da minha mãe resolvi começar a treinar. Jamais imaginei virar uma louca por correr, acordar de madrugada, mas depois que pegamos o gosto, você quer correr quilômetros e mais quilômetros”, diz Laura.

Entre os grupos praticantes está o Vento Norte, ao menos três vezes na semana, antes dos primeiros raios de sol, ao entorno da Fortaleza de São José Macapá, a equipe de corrida de rua se reúne para realizar os seus treinos. O advogado Deojan Waldeck, praticante da modalidade esportiva e líder da equipe, diz que tudo começou há quatro anos como uma brincadeira entre amigos corredores.

Equipe de corrida de rua Vento Norte possui 50 praticantes. Foto: Vento Norte

“O Vento Norte é mais que uma equipe de corrida de rua, é uma família com quase 50 integrantes que se ajuda nas competições e fora delas no seu dia a dia. Os treinos são muito cedo, começamos nos reunindo em grupo de pessoas para garantir a nossa segurança, depois, a motivação na hora da corrida é muito importante para o corredor”, explica Waldeck.

Atletismo e as corridas de rua

Desde que surgiu no século XVII, a corrida de rua ganhou notoriedade e foi conquistando adeptos pelo mundo. No Brasil, de acordo com Confederação Brasileira de Atletismo (CBA) é o segundo esporte mais praticado no país, perde apenas para o futebol. No Amapá a Federação Amapaense de Atletismo (FAAP) conta com seis clubes filiados, que também participam de corridas de rua.

“Quando eu assumi a Federação, ano passado, tinha mais de 60 corridas de rua no estado, 95% delas aconteciam na clandestinidade. A FAAP não tinha um calendário oficial, lançamos um calendário, em 2018, e foram realizadas 34 corridas oficias organizadas pela Federação de atletismo”, informa o atual presidente da entidade, Dilson Rodrigues Belfort.

Mulheres são maioria nas competições de corrida de rua. Foto: Flávio Cavalcante.

Segundo o professor Belfort, muitos desse grupos de corrida não têm nenhum vínculo com a Federação de Atletismo, são independentes e alerta: alguns são coordenados por pessoas que não são da área da Educação Física.

Cresce também o número de participantes femininas nos torneios de corrida de rua, com diferentes idades, as mulheres estão agora competindo. “Em todos os registros de provas a participação das mulheres é maior do que os homens”.

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