Posse, ciúme e domínio. Na maioria dos casos de violência doméstica praticados contra mulheres, este é o sentimento que predomina como motivação para que os parceiros pratiquem violência física, psicológica e em muitos casos, o feminicídio. Como parte da campanha mundial “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra mulher”, o Amapá aderiu ao evento, com o tema “Amapá Pelo Fim da Violência Contra Mulheres e Meninas 2021”.
Hoje, no dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres, aconteceu a mesa de debate “Desconstruir para Combater – A Violência de gênero e o papel da escola”, com o intuito de debater o papel da educação na descontruição do machismo.
O isolamento social e o COVID-19 foram fatores que provocaram o aumento da violência doméstica contra as mulheres no Brasil. Só no ano de 2020, o país registrou 105.821 denúncias de violência contra a mulher, segundo dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, através do Disque 100 e Disque 180.
Com mais de 80 mil visualizações no YouTube, o repentista e parceiro do Instituto Maria da Penha, Tião Simpatia, abraçou a causa do combate à violência contra a mulher assim que a lei foi promulgada, em 2006, escrevendo o Cordel Maria da Penha, texto baseado na Lei Nº 11.340, simplificando o atendimento ao traduzir a linguagem jurídica em verso.
“A violência doméstica
Tem sido uma grande vilã
E por ser contra a violência
Desta lei me tornei fã
Pra que a mulher de hoje
Não seja uma vítima amanhã”
O vídeo vem sendo usado em escolas de todo o país para a discussão de violência de gênero, especialmente a doméstica, como elemento educativo para inserir o debate sobre tipos de violência com crianças e adolescentes. “É interessante pq o Cordel Maria da Penha não é um texto infantil, mas cativou as crianças, talvez pela força da arte, a vivência das crianças em casa e muitas acabam decorando 6min de cordel”, explica ele.
O vídeo está disponível no link: https://www.youtube.com/watch?v=8G9Ddgw8HaQ