Combate à mosca da carambola ganha reforço com mais 13 rotas de monitoramento no Amapá
As fiscalizações, combate e monitoramento da mosca da carambola ganharam força no Amapá. A parceria da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Estado (Diagro) com a Superintendência Federal de Agricultura no Amapá (SFA/AP) se fortaleceu. E o resultado foi a criação de mais 13 rotas de monitoramento do inseto em quatro anos de intensa mobilização para combatê-lo, passando de seis rotas em 2010 para 19 em 2014.
A atuação dos dois órgãos se dá através de um Termo de Cooperação Técnica que contempla o Plano de Erradicação da Mosca da Carambola no Sul do Amapá. A ação conjunta prevê um trabalho de campo para detectar, monitorar e delimitar as áreas onde serão colocadas as armadilhas para aniquilar a mosca da carambola.
A SFA/AP entra com o suporte logístico disponibilizando veículos com a manutenção deles, combustível e materiais utilizados no monitoramento. O trabalho é complementado com a disposição de técnicos agropecuários e engenheiros agrônomos que, em sua maioria, são da Diagro.
Educação sanitária
Paralelo a isso, os dois órgãos realizam ações voltadas para a educação sanitária. Isso tem a ver com a sensibilização da população quanto ao risco de transportar frutos hospedeiros da mosca da carambola do Amapá para outras unidades da Federação. Para isso, uma equipe de fiscais agropecuários fica no Aeroporto Internacional de Macapá orientando os passageiros e impedindo a saída de frutos contaminados com as larvas da praga.
Essa orientação também acontece em agências de viagens e outros locais onde há fluxo de pessoas em trânsito. Em agosto, a ação deve se concentrar na área portuária do município de Santana, a 17 quilômetros de Macapá.
O trabalho conjunto da Diagro e SFA/AP levou à criação de mais 13 rotas de monitoramento do inseto no período de 2011 a 2014. A tabela a seguir, mostra a evolução das ações de combate à mosca da carambola no Amapá:
Segundo explicou o gerente do Núcleo de Defesa Vegetal da Diagro, Charles Ferreira, em 2010, apenas a capital amapaense contava com rotas de monitoramento da mosca da carambola, sendo seis no total. No ano seguinte, o número subiu para nove. “Foi criada mais uma em Macapá e duas no município de Santana”, informou o fiscal agropecuário.
Em 2012, os municípios de Pedra Branca do Amapari, Serra do Navio, Mazagão, Cutias do Araguari, Ferreira Gomes, Porto Grande, além da região do Pacuí (distrito de Macapá) também ganharam rotas, além de Macapá e Santana.
Já em 2013, as cidades de Laranjal do Jari e Vitória do Jari também passaram a ser incluídas no monitoramento. O trabalho levou à erradicação da mosca da carambola em Vitória do Jari, que foi o último do Estado aonde o inseto apareceu.
Monitoramento
De acordo com o gerente do Núcleo de Defesa Vegetal, antes da Diagro assumir a rota de Vitória do Jari, a SFA/AP realizava esse monitoramento deslocando servidores de Macapá até aquele município.
Em 2013, quando o Estado assumiu a ação, disponibilizando um técnico lotado no próprio município, duas moscas foram encontradas no meio do ano e nunca mais apareceram. “Segundo o Protocolo Internacional adotado para erradicação de moscas das frutas, com 328 dias sem nenhum registro, a área está erradicada”, comentou Ferreira.
Em 2014, os municípios que contam com esse trabalho permanente totalizando 19 rotas são: Macapá, Santana, Mazagão, Cutias do Araguari, Itaubal do Piririm, Pedra Branca do Amapari, Serra do Navio, Porto Grande, Ferreira Gomes, Laranajal do Jari e Vitória do Jari. Os demais municípios do Estado são monitorados pela SFA/AP, que desloca servidores de Macapá a cada 30 ou 60 dias.
A Diagro e a SFA/AP já assinaram um convênio que vai permitir a aquisição de veículos e materiais que contribuirão com o monitoramento e combate à mosca da carambola no Amapá. (Ascom Diagro)