[coluna] A preta mais braba – por Karina Pacheco
O Rap Tucujú é uma realidade fortalecida e consolidada pelas mãos dos artistas que compõem o cenário do hip hop amapaense. Cantando sobre superação e empoderamento, temos MC Deeh, uma das principais referências do estilo musical no Amapá.
Iniciando na dança, aos 13 anos a cantora deu seus primeiros passos como B-girl, e logo depois entrou no universo do hip hop. Foi por meio da arte que Deeh fez muitas amizades que colaboraram para o seu encontro com o mundo da música.
Durante a adolescência já se expressava por meio das palavras, escrevendo poemas e algumas canções que guardava para si. Mas os versos amadureceram junto com a rapper, e agora as letras falam sobre o empoderamento da mulher negra, superação e a valorização da vida.
Mc Deeh é uma artista independente que no passado foi vítima de bullying, preconceito e dos julgamentos. Hoje, acompanhada da maturidade, transforma a dor em energia para continuar trabalhando. A cantora gerencia a própria carreira, financia os clipes e sempre está à frente das suas produções.
Cantando sobre as vivências e a força da mulher preta, em 2018 Deeh lançou o primeiro single intitulado ‘Meu Bonde é Esse’. A faixa também aborda o preconceito e a visão distorcida que muitos têm sobre o funk e o rap.
‘Julgamento’ chegou nas plataformas de música em 2019. A inspiração para a letra nasceu como um desabafo após presenciar uma cena de desigualdade e falta de oportunidade que marcou Deeh.
Saúde Mental é o tema do enredo de ‘188’, que relata um dos episódios mais obscuros da vida da rapper. Além de conscientizar sobre a importância dos cuidados com a mente, a cantora expôs o processo de redenção e como superou as feridas do passado.
Perfil
Karina Pacheco é Jornalista e Criadora de Conteúdo Digital. Fã da cultura POP e amante de Sitcoms. Adora fazer resenha de artistas musicais do cenário independente, assina a coluna de Música no portal Café com Notícia.
