Candomblé e tambor de mina abrem a programação do Mês da Consciência Negra 2022, no CCNA.
Nos dias 17 e 18 de novembro, o Centro de Cultura Negra do Amapá (CCNA) é o palco para a apresentação dos cultos afros-religiosos, umbanda e tambor de mina.
As apresentações fazem parte da programação do Mês da Consciência Negra 2022. Os rituais religiosos são costumes da cultura religiosa afrodescendente brasileira, que são praticados no Amapá.
Os praticantes irão apresentar os rituais das religiões de matriz africana, como os cantos, danças, oferendas e manifestações espirituais. Os terreiros que irão se apresentar com pais, mães e filhos de santos são de Macapá e Santana, cerca de 30, no total.
O candomblé e o tambor de mina são consideradas religiões afro-brasileiras trazida pelos africanos escravizados. Muito cultuado em Maranhão, o tambor de mina foi praticado pela primeira vez no Amapá por mãe Dulce Moreira, no dia 8 de maior de 1963. Em homenagem à esta data, foi criado em 2005, o Dia Estadual dos Cultos Afros.
Salvino Santos, pai de santo de Macapá, enfatiza que os cultos afros são reconhecidos pelo Governo do Estado e Prefeituras como culturas religiosas de matriz africanas e suas manifestações e espaços são amparados por lei, porém ressalta que ainda sofrem preconceito, desrespeito e falta de compreensão.
“Temos uma luta árdua contra o preconceito e intolerância religiosa, mas não vamos desistir de lutar por respeito. No Mês da Consciência Negra temos a oportunidade de nos aproximar da população, para que conheçam um pouco mais de nossos rituais, isso ajuda a combater a intolerância e a ignorância, e quebrar barreiras entre os praticantes e a sociedade”
afirma o religioso.
Os praticantes do candomblé se apresentam no dia 17, a partir das 20h. O dia do tambor de mina é 18, com início às 20h. Qualquer pessoa pode assistir os rituais.
A programação do Mês da Consciência Negra 2022 e 27º Encontro dos Tambores acontecerá no CCNA, de 16 a 25 de novembro, sob a coordenação da União dos Negros do Amapá (UNA), com o apoio da Prefeitura de Macapá (PMM), Governo do Estado do Amapá (GEA), Prefeitura de Mazagão, vereador Dudu Tavares e deputada estadual Cristina Almeida.
Conteúdo fornecido por ASCOM