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Banco Central aumenta taxa Selic para 11,75%; entenda o que muda na sua vida

O Comitê de Política Monetário Banco Central, o Copom, elevou a taxa Selic de 10,75% ao ano para 11,75% ao ano.

É o nono aumento consecutivo. Assim, a Selic alcançou o maior nível desde abril de 2017, quando estava em 12,25% ao ano. Antes desse ciclo de altas de juros, a Selic tinha chegado ao mínimo histórico de 2% ao ano em fevereiro de 2021.

Os analistas indicam que a taxa deve subir nos próximos meses, com previsão para fechar o ano em 12,75% ao ano.

A importância da Selic

A taxa de juros definida pelo Copom serve como instrumento do Banco Central para tratar a questão da inflação. Em tempos de subida de preços acelerada, como estamos vivendo, o BC, aumenta os juros. Isso, na teoria, encarece o crédito e desestimula o consumo, o que pode levar a um alívio na inflação.

Do outro lado da moeda, caso o BC queira estimar a economia com consumo, investimentos etc, ele corta a taxa Selic.

IPCA, o índice oficial da inflação do Brasil, fechou o ano passado em 10%, maior número desde 2015 e bem acima do teto da meta do governo para o ano passado – 5,25%. Levando em consideração as 11 maiores economias da América Latina, o Brasil só fica atrás de Argentina e Venezuela.

Vale lembrar que a inflação desse momento não é um fenômeno brasileiro. A subida dos preços alcançou níveis históricos na Europa e nos EUA (este último registrou a maior inflação desde os anos 80). Isso porque a pandemia provocou uma crise na cadeia de abastecimento global e isso atingiu em cheio as economias.

Inflação para 2022 e 2023

Oficialmente, a meta central da inflação para este ano é de 3,5%, com tolerância de 1,5 ponto para cima ou para baixo. O mercado, porém, prevê que a inflação feche o ano acima dos 5%.

Para 2023, a expectativa é de uma inflação de 3,5%, e meta será cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.

A Selic no dia do brasileiro

A taxa Selic faz parte do cotidiano do brasileiro. Ela é uma taxa base para que bancos e financeiras estabeleçam suas taxas na hora de conceder empréstimos ou na cobrança de dívidas, como cheque especial e cartão de crédito. Nesses dois últimos casos, os juros que o consumidor paga são muito maiores.

A alta da Selic também coloca um freio nos investimentos públicos e privados e piora as contas públicas. Por outro lado, o aumento dos juros chama a atenção de investidores que passam a buscar títulos atrelados à Selic. Com a maior demanda por reais, o dólar, por exemplo, tende a ficar mais barato, diminuindo a pressão no câmbio e na inflação como um todo, já que muitos produtos e processos da cadeia econômica são dolarizados.

Fonte
Luiz Anversa - br.financas.yahoo.com
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