Na Amazônia, Sol, de 25 anos, se recupera do término de mais um relacionamento abusivo, enquanto sua Sombra foge para o deserto do Atacama por não aguentar ver seu sofrimento. Essa é a história da animação amapaense “Solitude”, o primeiro curta-metragem de animação 2D do Amapá, premiado no Festival de Cinema do Rio – 2021.
Financiado pelo primeiro edital de fomento ao setor audiovisual do estado, promovido pelo Governo do Amapá, o curta é produzido pela Castanha Filmes e Jubarte Audiovisual; dirigido e escrito por Tami Martins, mulher amapaense, designer e ilustradora. “A gente escolheu animação pq nesse meio é seria uma história mais bem contada”, explica Arom Miranda, co-diretor do filme.
“Temos cenas do Perpétuo Socorro, do Teatro das Bacabeiras, enquanto a sombra, que não tem dono, navega pelo Deserto do Atacama, no Chile. E isso também nos faz pensar o quanto a gente ignora a conexão da nossa própria cultura com o restante da América do Sul”, defende Tami Martins, diretora do filme, sobre a escolha da música “Um Corpo No Mundo”, da cantora baiana Luedji Luna, como trilha sonora.
O filme ainda está em processo de circulação em festivais de cinema nacionais e internacionais, e por esse motivo, ainda não está disponível para distribuição comercial em plataformas de stream. O trailer pode ser assistido no link: https://vimeo.com/474764876 ou no perfil do instagram https://www.instagram.com/solitude.animacao/?utm_medium=copy_link
“No Amapá, a 14 anos atrás, não tinha muita perspectiva de produção de audiovisual no estado. E tudo isso é uma construção de anos. Ganhamos por qualidade técnica, por qualidade narrativa, linguagem, então não dá pra dizer que o cinema feito no Amapá é ruim”, conclui Arom.