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“A palavra de ordem é empatia”, diz Deputada Estadual Marília Góes sobre preconceito com PCD’s e a lei do ‘Cordão de Girassol’

A lei sancionada na terça-feira, (5), vai beneficiar pessoas com deficiências ocultas, entre elas, indivíduos do espectro autista.

Na noite desta quarta-feira, (6), em entrevista ao programa de rádio ‘Café com Notícia’, na Diário FM, a Deputada Estadual, Marília Góes, falou sobre a lei que dispõe sobre normas de concessões e utilização do ‘Cordão de Girassol’ como símbolo de identificação das pessoas com deficiências ocultas. “Muitas pessoas perguntam: ‘Para que isso?’. Essas perguntas começaram há 10 anos, antes mesmo de eu ser candidata e me eleger pela primeira vez em 2010. Conheci uma criança autista e vi a diferença que existia, a forma como ela era tratada, e aquilo me chamou a atenção como mãe, como ser humano”, explica Marília.

O cordão serve para sinalizar e garantir que pessoas com deficiências ocultas recebam um atendimento adequado e humanizado. A lei é de autoria da Deputada Marília que também faz parte da Comissão da Criança e do Adolescente da Assembleia Legislativa do Amapá (ALAP), além de ser representante do Movimento Orgulho Autistas Brasil no estado.

O Cordão deve acompanhar um cartão com as informações da pessoa com deficiência – Foto: Reprodução

A Deputada também afirmou que as redes sociais atualmente formam um ambiente destrutivo e preocupante, aflorando os comportamentos preconceituosos. “O ser humano como um todo tem o preconceito arraigado, mas nunca pode ser a ponto de destruir a vida de outra pessoa. As redes sociais são um exemplo disso, surgiram para nos ajudar em muita coisa, mas também vieram para nos destruir em outros aspectos. Muita gente se utiliza disso de forma irresponsável, achando que podem falar o que quiser, agredir quem quiser e precisamos tomar cuidado com essas coisas”.

Nunca vou me esquecer do dia em que um pai chegou para mim, com lágrimas nos olhos e disse: ‘É a primeira vez que a minha filha senta à mesa com outra criança’

“O autista tem uma hipersensibilidade auditiva, então se o volume do filme estiver muito alto, vai incomodar. Ouvindo a demanda dos pais, nós garantimos, e já foi sancionado pelo governador Waldez Góes que, todas as salas de cinema do estado, uma vez por mês, devem garantir uma sessão inclusiva. Claro que nesse momento de pandemia vivemos uma situação atípica”, complementa Góes.

Foto: Joelson Palheta/DA

Por conta da intolerância, principalmente com crianças, muitos pais deixam de sair com os filhos para programas de lazer como os cinemas, para não serem alvos da discriminação. A efetivação da lei também auxilia no processo de conscientização social.

A Deputada também anunciou com exclusividade ao Café com Notícia a criação de um Centro de Referência em diagnóstico, com atendimentos de equipes multidisciplinares. O projeto deve ser entregue até o fim de 2021.

 

Como adquirir o cordão?

Qualquer pessoa pode mandar produzir por conta própria um cordão de girassol. Indivíduos em condição de vulnerabilidade social e/ou que não tenham possibilidades financeiras, podem receber o objeto de forma gratuita através da Secretaria de Inclusão e Mobilização Social. A primeira remessa deve ser entregue ainda nas próximas semanas. De acordo com a Deputada, o Superfácil também ficará responsável por realizar a distribuir as unidades dos cordões a quem precisa.

 

O que são ‘Deficiências ocultas’?

As Deficiências Ocultas são aquelas que não podem ser percebidas quando olhamos para alguém. O cordão serve como um alerta para que as pessoas ao redor saibam que aquele indivíduo necessita de atenção e cuidado mais especializado nos ambientes. São consideradas deficiências ocultas: autismo, doença de Chron, dificuldades de integração sensorial, esclerose múltipla, auditiva ou de fala, etc.

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