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Bolsonaro veta distribuição de absorventes no SUS para estudantes de baixa renda e pessoas em vulnerabilidade social

Após aprovação no Senado, ainda em setembro, do projeto de Lei (PL) do Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual (Lei 14.214) que previa a distribuição gratuita de absorventes para estudantes de baixa renda da rede pública e para mulheres em situação de rua ou de vulnerabilidade social, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), sancionou a proposta na manhã de hoje, 07 de outubro. No veto, o presidente argumentou que o projeto não estabeleceu fonte para o custeio e, “ao estipular as beneficiárias específicas, a medida não se adequaria ao princípio da universalidade, da integralidade e da equidade no acesso à saúde do Sistema Único de Saúde – SUS”.

Dados da ONU apontam que, no mundo, um em cada dez adolescentes falta às aulas durante o período menstrual. No Brasil, esse número é ainda maior: um entre quatro estudantes já deixou de ir à escola por não ter absorventes. A pobreza menstrual é um problema que atinge cerca de 4 milhões de pessoas que vivem sem acesso a itens mínimos de cuidados menstruais, atingindo fortemente a dignidade de mulheres, meninas, homens trans e intersexuais.

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